RESUMO
Objetivo:
analisar a associação de sintomas vocais autorreferidos com aspectos pessoais, ocupacionais, clínicos e relacionar com a qualidade de vida de professores da rede federal de ensino profissional e tecnológico.
Métodos:
estudo com 157 docentes de uma instituição pública federal de educação profissional e tecnológica, que responderam aos questionários World Health Organization Quality Of Life/bref (WHOQOL-bref), Qualidade de Vida em Voz (QVV) e o formulário de dados (sociais, condições de saúde, sintomas vocais, hábitos, organização e ambiente de trabalho). A análise estatística foi realizada por meio do teste Qui-quadrado.
Resultados:
29% dos professores apresentaram sintomas vocais. As queixas prevalentes foram garganta seca (38,2%), tosse (37,6%) e rouquidão (30,6%). Houve maior prevalência dos sintomas no sexo feminino. Para o WHOQOL-bref, a média foi 71,3 pontos, considerada regular. O domínio com maior pontuação foi o psicológico com 75,3. Quanto ao QVV, o escore médio no domínio global foi de 92,5 pontos, sendo o físico o mais comprometido. 90,5% dos docentes apresentaram baixo impacto da voz na qualidade de vida.
Conclusão:
embora os docentes apresentem queixas vocais, elas não se refletem na limitação da qualidade de vida.
Descritores:
Voz; Qualidade de Vida; Docentes