RESUMO
Objetivo:
verificar a correlação entre capacidade vital, tempos máximos de fonação de /ė/ (sem sonorização) e /s/ e comparar e relacionar com o uso profissional da voz e a idade em mulheres com disfonia funcional ou organofuncional.
Métodos:
pesquisa retrospectiva com 524 registros de disfônicos de uma clínica-escola. Foram incluídas: mulheres adultas jovens, diagnóstico fonoaudiológico de disfonia funcional ou organofuncional, com base no laudo médico. Foram excluídas: alterações neurológicas, psiquiátricas, tratamento fonoaudiológico prévio, quadro gripal ou alérgico no dia das avaliações, doença pulmonar, diagnóstico de disfonia orgânica, perda auditiva. A amostra resultou em 14 mulheres com disfonia funcional e 21 com disfonia organofuncional. Coletaram-se dados sobre e uso profissional da voz e resultados da capacidade vital e dos tempos máximos de fonação. Os dados foram analisados estatisticamente com nível de significância de 5%.
Resultados:
correlação positiva para ambos os grupos de disfônicas entre: tempo máximo de fonação de /ė/ e tempo máximo de fonação de /s/; e entre tempo máximo de fonação de /ė/, /s/ e capacidade vital. Maiores valores de capacidade vital, tempo máximo de /s/ e /ė/ nas profissionais da voz. Os valores de tempo máximo de fonação de /ė/ foram menores do que /s/.
Conclusão:
à medida que o tempo máximo de fonação de /ė/ aumentou, o tempo máximo de fonação de /s/ e a capacidade vital também aumentaram em ambos os grupos, evidenciando a inter-relação entre essas variáveis; não havendo relação com as demais variáveis estudadas.
Descritores:
Voz; Fonação; Capacidade Vital; Distúrbios da Voz