RESUMO
Objetivo:
investigar as evidências científicas na literatura sobre a relação entre a anquiloglossia e as dificuldades no aleitamento materno.
Métodos:
tratou-se de uma revisão integrativa. Foram realizadas buscas nas bases de dados Medline e Pubmed, utilizando os descritores em associação: “anquiloglossia”, “recém-nascido” e “amamentação”, entre 2014 e 2019, em português, inglês e espanhol. Foram selecionados artigos originais que relacionassem a anquiloglossia aos problemas de amamentação.
Resultados:
trinta e um artigos foram analisados pelo texto lido na íntegra, dentre os quais 22 foram excluídos e 09 selecionados para a revisão. Houve uma diversidade de instrumentos utilizados para o diagnóstico da anquiloglossia. Em quatro estudos não foi utilizado nenhum instrumento de avaliação padronizado para o diagnóstico da anquiloglossia, o que pode limitar a análise dos resultados. No entanto, a maioria dos estudos evidenciou a possível interferência da anquiloglossia na amamentação. De acordo com as publicações, bebês com frênulo lingual alterado apresentaram maiores chances de apresentar dificuldades na sucção e desmame precoce, o que demonstra a importância da triagem neonatal como rotina nas maternidades para os casos de anquiloglossia.
Conclusões:
a anquiloglossia pode estar relacionada com prejuízos na amamentação e a padronização dos instrumentos para diagnóstico da anquiloglossia é necessária para melhorar as evidências nas futuras pesquisas.
Descritores:
Anquiloglossia; Recém-nascido; Aleitamento materno