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Digestibilidade do bagaço de cana-de-açúcar tratado com reagentes químicos e pressão de vapor

Digestibility of sugar cane bagasse treated with chemical reagents and steam pressure

Com o objetivo de elevar a digestibilidade do bagaço de cana-de-açúcar, este resíduo agro-industrial foi tratado com inúmeros reagentes químicos acompanhados ou não de tratamento físico. Após ensaios preliminares, nos quais diversos agentes deslignificantes foram avaliados, dez tratamentos foram selecionados para serem melhor estudados em ensaios de digestibilidade in vitro da matéria seca e da matéria orgânica. Em seguida, para o ensaio de digestibilidade in vivo, foram feitas quatro dietas à base de: 1 - Bagaço auto-hidrolisado (BAH), pressão de 17 kgf/cm² por 5 min; 2 - Bagaço tratado com 4% Na2S + 6% NaOH, pressão de 12 kgf/cm² por 8 min; 3 - Bagaço tratado com 2% Na2S + 3% NaOH, pressão de 12 kgf/cm² por 8 min; e 4 - Bagaço tratado com 9% H2O2 + 7% NaOH, a 70ºC por 8 min. Bagaço tratado com 4% Na2S + 6% NaOH e submetido a 12 kgf/cm² de pressão apresentou os melhores coeficientes de digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido e o maior valor de nutrientes digestíveis totais. Em seguida, o bagaço tratado com 9% H2O2 + 7% NaOH a 70ºC por 8 min apresentou os melhores resultados. Piores resultados foram observados para o bagaço hidrolizado. A melhor digestibilidade de algumas das dietas, particularmente das frações fibrosas, sugere a exiqüibilidade do emprego de menores quantidades de alimento concentrado em dietas à base de bagaço de cana tratado química/fisicamente.

hidróxido de sódio; nutrição de ruminantes; resíduo agro-industrial; sulfeto de sódio


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