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Consumos e digestibilidades totais e parciais de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta e extrato etéreo em novilhos submetidos a três níveis de ingestão e duas metodologias de coleta de digestas abomasal e omasal

Intake and total and partial digestibility of dry matter, organic matter, crude protein and ether extract of steers under three offer levels and two collection methodologies of abomasal and omasal digesta

Seis novilhos castrados, fistulados no rúmen e abomaso foram distribuídos em dois quadrados latinos 3x3 (três animais, três níveis de oferta - 1,5; 2,0 e 2,5% PV e três períodos) para comparar as técnicas de coleta de digestas abomasal e omasal, para determinação do fluxo de nutrientes, e avaliar o efeito dos três níveis de oferta sobre os consumos e as digestibilidades aparentes totais e parciais de MS, MO, PB e EE. Os fluxos de digesta e a excreção fecal foram estimados com óxido crômico. Os consumos de MS, MO, PB, EE e NDT apresentaram comportamento linear crescente, em função dos níveis de ingestão. O coeficiente de digestibilidade aparente total da MS diminuiu linearmente com o aumento da ingestão. A digestibilidade aparente da MS no rúmen não diferiu entre os tratamentos, apresentando média de 73,2% para as equações conjuntas. A digestibilidade total da MO apresentou comportamento linear decrescente, em função dos níveis de ingestão, e as digestibilidades ruminal e intestinal total não foram afetadas pelos tratamentos, com médias de 81,6 e 18,4%, respectivamente, para as equações conjuntas. O teste de identidade de modelos indicou diferenças entre as digestibilidades totais da PB obtidas nas diferentes metodologias. Quando se compararam as digestões no rúmen e nos intestinos, não se constatou diferença entre as metodologias. A digestibilidade total do EE não foi influenciada pelos tratamentos e apresentou valor médio de 76,3%. As digestibilidades ruminal e intestinal total do EE apresentaram comportamento linear crescente e decrescente, respectivamente, em função dos níveis de ingestão. A coleta de digesta omasal, via fístula ruminal, pode ser usada para substituir a coleta de digesta abomasal, não sendo necessária, portanto, a fistulação no abomaso, tornando o estudo dos locais de digestão um processo menos invasivo. O teor de NDT diminui com o aumento do nível de oferta de alimento.

novilhos; consumo; digestibilidade; coleta digesta omasal; coleta digesta abomasal


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