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Influência de um ordenhador aversivo sobre a produção leiteira de vacas da raça Holandesa

An aversive milker causes fear, but does not influence milk yield of Holstein cows

Neste estudo, foi testada a hipótese de que o medo de seres humanos é duradouro e pode prejudicar a produção leiteira de vacas da raça Holandesa. Um tratador aversivo realizou duas sessões diárias de um tratamento hostil (duas palmadas na região posterior e um grito forte), durante 21 dias, e um tratador neutro ordenhou as vacas, durante o mesmo período, não oferecendo nenhuma ameaça. A distância de fuga na presença do tratador aversivo e do neutro foi medida antes e 14 e 180 dias após o início do tratamento. As produções total e residual de leite (após aplicação i.v. de ocitocina na veia caudal) foram medidas a partir da ordenha realizada pelo tratador aversivo ou ou pelo neutro, entre os dias 14 e 24 do experimento. Todas as vacas (n=13) participaram dos dois tratamentos, constituindo um delineamento experimental do tipo "cross-over". Com exceção do período anterior ao experimento, as vacas mantiveram maior distância de fuga do tratador aversivo que do neutro, mesmo 180 dias após o último contato com os tratadores. Entretanto, não houve efeito do tratamento sobre a produção total ou residual de leite. Os resultados corroboram outros estudos que comprovaram que vacas discriminam tratadores aversivos de neutros. Entretanto, o tratamento aqui aplicado não afetou as produções total ou residual de leite.

bem-estar animal; bovino; etologia; medo; relação humano-animal


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