Objetivou-se avaliar a variação na excreção diária de indicadores interno (FDAi) e externo (óxido crômico) e determinar o efeito de dois níveis de substituição da proteína do farelo de soja pelo nitrogênio não-protéico da uréia (0 e 100%) em dois níveis de oferta de concentrado (0,75 e 1,25% PV) sobre os consumos e as digestibilidades totais e parciais dos nutrientes. Foram avaliadas ainda as concentrações de N-NH3 no líquido ruminal e o pH. Utilizaram-se quatro novilhos holandeses com peso vivo médio inicial de 445 kg, fistulados no rúmen e abomaso. No estudo dos indicadores, adotou-se o delineamento em blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas os tratamentos, nas subparcelas os indicadores e nas subsubparcelas os cinco dias de coleta de fezes. Na avaliação das digestibilidades, utilizou-se o delineamento em quadrado latino 4 x 4, com quatro animais, quatro períodos experimentais e quatro tratamentos. O volumoso foi constituído de silagem de capim-elefante e silagem de sorgo na proporção de 80:20, respectivamente. Não houve interação para nenhuma das variáveis estudadas e não houve efeito do dia de coleta nem do tratamento no estudo dos indicadores. A FDAi subestimou os valores de digestibilidade e o Cr2O3 não diferiu estatisticamente da coleta total de fezes. Os consumos de todos os ingredientes, à exceção da FDN, aumentaram com a elevação dos níveis de concentrado e das digestibilidades de todos os nutrientes, exceto do EE. Apenas a digestão ruminal dos CNF foi alterada pelo aumento do nível de concentrado na dieta. O pH e o NH3 foram positivamente afetados quando a uréia esteve presente no concentrado. Não é necessário fazer coleta total de fezes durante cinco dias; os indicadores testados possibilitaram estimar satisfatoriamente as digestibilidade dos nutrientes.
confinamento; digestibilidade; nitrogênio não-protéico