Foram utilizadas 76 fêmeas suínas lactantes de médio potencial genético com peso inicial de 207,0 ± 32,0 kg e ordem de parto de 3,53 ± 2,11, para avaliar níveis de treonina digestível na fase de lactação. Os animais foram distribuídos em delineamento experimental de blocos ao acaso, composto por quatro tratamentos (0,589; 0,627; 0,665 e 0,703% de treonina digestível) e 19 repetições, em que cada unidade experimental foi constituída por uma fêmea. Não houve efeito dos níveis de treonina digestível sobre o peso das fêmeas ao desmame, a espessura de toucinho (ET) e a composição de proteína corporal à desmama. A perda de peso das fêmeas durante a lactação reduziu de forma linear com o aumento do nível de treonina digestível. Os níveis de treonina digestível não influenciaram a variação da ET durante a lactação, mas afetaram a mobilização de proteína corporal, que reduziu linearmente com o aumento do nível de treonina digestível. Não houve efeito dos níveis de treonina digestível sobre os consumos de ração, de lisina e de energia digestível, entretanto, verificou-se aumento linear do consumo de treonina digestível, em razão do aumento de seu nível na dieta. Os níveis de treonina digestível não influenciaram a eficiência energética das fêmeas, o intervalo desmama-estro e o desempenho dos leitões e leitegadas. Fêmeas suínas lactantes de médio potencial genético exigem 0,589% de treonina digestível, correspondente ao consumo diário de 28,5 g e à relação treonina digestível: lisina digestível de 62%.
mobilização de gordura; mobilização de proteína; produção de leite; proteína ideal; relação aminoacídica