INTRODUÇÃO: O familiar é a ponte, entre o ambiente da casa do paciente e o ambiente terapêutico do hospital-dia (HD), onde o paciente permanece das 7h30 às 15h30, de segunda a sexta-feira. A complexidade para a integração do exercício dessa tarefa e suas conseqüências para o tratamento em HD, levou-nos a criar a Psicoterapia de Grupo de Apoio multifamiliar (PGA) para facilitar o exame das vissicitudes desta via de duas mãos entre a residência e o HD. OBJETIVOS: As características, liderança e fatores terapêuticos de Yalom nessa PGA serão objetos do presente trabalho MÉTODO: A PGA é um grupo aberto com 1 h e 15 minutos de duração, de freqüência semanal e com coordenação, em coterapia, de um psicoterapeuta de grupo e de uma enfermeira psiquiátrica. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados foram obtidos pelo exame de 20 grupos sucessivos, tanto após cada sessão, pelos coterapeutas e observador mudo, durante 20-30 min, como pela análise de conteúdo de 20 sessões transcritas. A presença sempre foi maior que 80% dos familiares esperados, com predomínio de mulheres, especialmente mães de pacientes. A estrutura oferecida pela liderança apressou a obtenção de resultados no curto prazo, entre 4 a 6 sessões. A Coesão Grupal de Yalom apareceu em situações comuns e criou um senso de união entre todos. CONCLUSÃO: A adesão de familiares à PGA facilita e abrevia a terapia em HD. Questiona-se quanto, no futuro, a família orientada assumirá na condução do tratamento dos seus pacientes.
Grupoterapia de apoio multifamiliar; hospital dia; fatores terapêuticos de Yalom; psicoeducação; psicoterapia de grupo