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Expressividade no rádio: a prática fonoaudiológica em questão

OBJETIVO: Analisar, pelo relato de fonoaudiólogas, como tem sido a prática da expressividade oral com profissionais do rádio, no Brasil. MÉTODOS: Participaram do estudo seis fonoaudiólogas, com experiência profissional na área, por meio de entrevista semi-estruturada, transcrita e categorizada segundo características gerais de atuação e conceito de expressividade. As categorias foram ilustradas com recortes das falas das participantes. RESULTADOS: A atuação fonoaudiológica acontece de forma similar em escolas de locução e em emissoras de rádio. A prevenção de lesões tem espaço considerável nas práticas e acontece em forma de orientações sobre bem-estar vocal. O termo expressividade oral é relativamente novo, sendo que, ora a atribuição de sentido à mensagem é dada pelo sujeito e sua subjetividade, ora pelo teor da mensagem textual e, ainda, pelo estilo da emissora. A intervenção abarca o uso de pausas, qualidade de voz, ressonância, articulação, pitch, loudness, taxa de elocução e respiração. A estratégia mais usada é a leitura de textos, de diferentes gêneros, inclusive radiofônicos. CONCLUSÃO: O termo expressividade oral não é usualmente utilizado pelas fonoaudiólogas, pois o conceito é tido como novo pelas entrevistadas. Remete à transmissão de emoções e intenções, na mensagem, pelo falante. Foram considerados interferentes: o julgamento do ouvinte; a adequação da fala ao contexto; o estilo da emissora e o teor textual da mensagem, expondo a dinâmica relação entre o subjetivo e o social. Um aprofundamento teórico, no campo da Linguística, pode subsidiar uma atuação fonoaudiológica com menos divergências conceituais no que se refere ao trabalho com os recursos vocais na fala.

Voz; Treinamento da voz; Fala; Rádio; Qualidade da voz


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