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Audição de violinistas profissionais: estudo da função coclear e da simetria auditiva

OBJETIVO: Verificar ocorrência de alterações auditivas em violinistas e se há associação com a orelha mais exposta. MÉTODOS: Foram avaliados dez violinistas, oito do gênero feminino e dois do gênero masculino, de 17 a 69 anos, que constituíram o Grupo Estudo e foram pareados segundo gênero e idade com não-músicos, sem queixas auditivas. Avaliações realizadas por audiometria tonal liminar, logoaudiometria, imitanciometria, emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente e emissões otoacústicas evocadas por produto de distorção, precedidos por meatoscopia e anamnese. Critério de exclusão: curva timpanométrica alterada. RESULTADOS: Houve maior ocorrência de zumbido bilateral no Grupo Estudo. Quanto ao uso de protetor auricular, observou-se que os músicos não utilizam proteção nos treinos e apresentações. Na audiometria tonal liminar, não houve diferença entre os limiares obtidos nos grupos. Apesar da maior ocorrência de alterações auditivas na orelha esquerda, as diferenças não foram significativas. Na pesquisa das emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente e emissões otoacústicas evocadas por produto de distorção, também não houve diferença entre os grupos e na comparação entre as orelhas. CONCLUSÃO: Foi observada maior ocorrência de alterações auditivas no grupo de violinistas, com maior percentual de alterações na orelha esquerda. No entanto, a diferença entre as orelhas direita e esquerda não foi significativa.

Audição; Emissões otoacústicas espontâneas; Música; Perda auditiva; Ruído ocupacional


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