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Mieloma Múltiplo e anemia

Multiple Myeloma and anemia

Anemia é uma complicação comum em pacientes com mieloma múltiplo (MM) e ocorre em mais de 2/3 dos pacientes. Anemia de doença crônica, deficiência de eritropoetina (EPO) devido à insuficiência renal e efeito mielossupressivo da quimioterapia são os principais mecanismos patofisiológicos que contribuem para o desenvolvimento de anemia no MM. Nos pacientes que obtêm remissão completa com tratamento quimioterápico, anemia usualmente se normaliza. Nos pacientes que não respondem ou apresentam recaída do mieloma, anemia freqüentemente persiste. As opções de tratamento dos pacientes anêmicos com MM incluem transfusões de hemácias e EPO recombinante humana. Essa proteína é biologicamente equivalente à EPO endógena e sua administração promove aumento dos valores de hemoglobina por tempo mais prolongado sem os riscos das transfusões de sangue. Vários estudos têm relatado melhora significante da eritropoese, redução da necessidade transfusional e melhora da qualidade de vida com o uso da EPO como tratamento a longo prazo da anemia associada ao mieloma. Nesse artigo, propomos o tratamento da anemia do MM baseado nas recomendações propostas pela Sociedade Americana de Hematologia (ASH) em conjunto com a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), pela Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC), pelo IMF (Internacional Myeloma Foundation) e pelo NCCN (National Comprehensive Cancer Network).

Anemia; mieloma múltiplo; eritropoetina


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