Neste ensaio, o autor utiliza uma discussão sobre a dissertação de mestrado de Eduardo Guerreiro sobre a obra poética de Armando Freitas Filho (UFRJ, 2002) como maneira de recolocar o problema da relação possível entre crítica literária e filosofia crítica. Para isso, retorna à tradição do sublime, a partir sobretudo de sua retomada pela filosofia francesa dos anos 1980, em Jean-François Lyotard e Philippe Lacoue-Labarthe. A resposta ao problema da articulação da crítica provocará uma tradução do evento sublime em termos da psicanálise lacaniana, através da noção de real traumático, e uma leitura dos poemas de Armando Freitas Filho dedicados ao suicídio de Ana Cristina César.
crítica; poesia; sublime; trauma