Num movimento que se encontra difratado em alguns poemas das Flores do Mal e dos Poemas em prosa, em seus Diários íntimos, ao pensar o fim do mundo sob a forma da visão de um capitalismo global plutólatra, Baudelaire ("moi qui sens quelquefois en moi le ridicule d’un prophète", diz ele, provocadoramente, em Fusées), posa de profeta inspirado e esboça uma desconstrução da figura do poeta-profeta tão cara aos românticos.
Baudelaire; apocalipse; desconstrução