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A loucura e a urgência da escrita

Apresenta-se o conceito literatura da urgência para definir o tipo de escrita realizado sob estados de emergência, situações-limite: no caso específico de Lima Barreto, serve de base para a análise do Diário do hospício produzido pelo autor em 1919-20, quando esteve internado no Hospital Nacional dos Alienados, no Rio de Janeiro. Demonstra-se como esta literatura nasceu contaminada pela loucura e pela rotina no manicômio, sendo simultaneamente uma escrita de si criada para defender o eu acuado ante a instituição e um documento de valor histórico capaz de denunciar, pelo viés do paciente, minúcias do dia-a-dia psiquiátrico normalmente ausentes da literatura oficial do hospício.

literatura; loucura; urgência


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