Não há como abordar o estilo harmônico que caracteriza a música de Tom Jobim sem mencionar a figura de Claude Debussy. Como se trata de canções, as criações bossanovistas de Jobim e seus parceiros também inauguraram novas tendências poéticas na música popular brasileira. Por outro lado, pelo conteúdo marcadamente visual das letras, elas demonstram curiosas afinidades com a pintura impressionista de Monet. Sem se ater ao rastreamento de influências diretas, o artigo tenta apontar para alguns pontos em que as obras de Jobim, Debussy e Monet se aproximam, por vezes tangenciando-se, compartilhando concepções em comum, oferecendo respostas semelhantes aos dilemas artísticos e humanos de seus respectivos tempos e contextos.
Tom Jobim; Debussy; Monet; Impressionismo