Este artigo apresenta um levantamento crítico de um campo de pesquisa particularmente ativo na França, nos últimos vinte anos, a sociologia do engajamento militante. Ele retraça a renovação dessa corrente sociológica expressa pela instauração do paradigma interacionista, que se interessa pela dimensão processual do engajamento e das carreiras militantes, e também o modo como a noção de retribuições da militância foi aprimorada e repensada. Após um panorama dos debates teóricos relativos ao surgimento, ou não, de "novas formas" de militância, até mesmo de "novos militantes", o artigo destaca dois desafios atuais da pesquisa, ambos relativos à questão da divisão social do trabalho: examinar mais atentamente o vínculo entre transformações macrossociais e engajamento, e a composição organizacional da militância.
Militância; Engajamento; Divisão do trabalho; Organizações; Profissionalização; Partidos políticos; Movimentos sociais; Associações