Resumo
A importância dos laboratórios nacionais do Department of Energy (DOE) para o sistema nacional de inovação dos EUA há muito tem sido tema de debate. Seus defensores destacam o papel central dos laboratórios no desenvolvimento de tecnologias como baterias avançadas, e os grandes progressos em energia solar, tecnologias de imagem e diversos empreendimentos em TI, entre outros. Seus críticos têm sugerido reiteradamente que a capacidade de inovação dos laboratórios vem se deteriorando por falta de parcerias com empresas comerciais e de táticas de gestão. O que - surpreendentemente, talvez - tem faltado nesse debate é uma revisão meticulosa dos dados sobre parcerias público-privadas entre os laboratórios e empresas privadas. Este artigo baseia-se em dados não públicos sobre um tipo de acordo contratual - os acordos Work-For-Others (WFO) (Trabalho-Para-Outros) - através dos quais o laboratório realiza um contrato de trabalho com empresas privadas. Revisamos 10 anos de dados dos WFO de um único laboratório do DOE. Nossa análise proporciona um panorama inicial da geografia surpreendentemente diversa e da gama de empresas que contrataram o laboratório como fornecedor de P&D, bem como de características chave desses acordos. Apesar de nossa coleta de dados compreender acordos de apenas um laboratório, os achados reforçam a importância de olhar a complexa e sobreposta rede de programas no sistema federal Americano que apoia a inovação no setor privado.
Palavras-chave:
Inovação; Estado desenvolvimentista; Política industrial em rede; Parcerias público privadas; Governo estadunidense