Aptidão cardiorrespiratória reduzida é considerada fator de risco independente para o óbito por todas as causas, mas principalmente por doença coronariana. Devido a essa importância e à dificuldade de avaliá-la através de testes de exercícios, formas alternativas de avaliação foram sugeridas, envolvendo equações de predição sem a necessidade de realização de exercícios. O presente estudo objetivou descrever e analisar criticamente esses modelos e, principalmente, sua aplicabilidade em estudos epidemiológicos. Foi realizada revisão sistemática de artigos publicados entre 1966 e 2003. Ao todo, 24 estudos foram selecionados obedecendo aos critérios de inclusão. Apenas cinco estudos relataram o erro padrão da estimativa (EPE), a equação completa, apresentam maior número amostral e, principalmente, realizaram a validação cruzada; além disso, estão entre os que apresentam maior valor de R² ajustado, o que ratifica a qualidade e a força de predição dos mesmos. Conclui-se que, em princípio, os modelos sem exercícios podem constituir alternativa viável para avaliação da aptidão cardiorrespiratória em estudos epidemiológicos. No entanto, são poucas as equações disponíveis cuja validação permite grau aceitável de generalização.
Aptidão física; Análises de regressão; Epidemiologia