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A produção de professores nas escolas: o Sistema de Proteção Escolar e suas articulações saber/poder

RESUMO Os professores, para além de seus cursos de formação, são cotidianamente produzidos pela forma como vivem a experiência de ser professor, o que se realiza no interior do próprio funcionamento da instituição escolar. Esse funcionamento está baseado em uma série de racionalidades que delimitam e definem o fazer docente, estabelecendo, assim, as referências para uma forma de pensar e de fazer-se professor. Tendo como foco a racionalização da prática educativa instaurada pelo que podemos nomear de economia jurídica que hoje atravessa a instituição escolar, realizou-se a análise de uma importante política pública que funciona/opera na intersecção entre educação e segurança: trata-se do Sistema de Proteção Escolar, implantado na rede pública de educação do Estado de São Paulo em 2009/2010. A proposta do presente artigo foi problematizar tal política no plano das articulações saber/poder que a sustentam, bem como em relação aos seus efeitos produtivos na constituição de uma forma de pensar, de agir e, no limite, de ser professor. No interior da instituição escolar, essa economia jurídica produz sujeitos e um modo de se relacionar com a vida; produz, portanto, importantes efeitos, os quais se tentou desnaturalizar por meio de uma abordagem do ponto de vista das estratégias de poder.

Formação de professores; segurança; proteção; relações de poder; cotidiano escolar


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