Neste artigo, pretendeu-se analisar como se produz a identidade de ciência na revista Galileu. Partimos do pressuposto de que a mídia é constitutiva das identidades, as quais não se referem apenas a um produto determinado, mas se constroem na confluência de diferentes elementos de acordo com a historicidade de suas formações discursivas. As nossas questões norteadoras indagam sobre a presença de elementos idem e ipse - da identidade narrativa em Paul Ricoeur (1991) -, e sua relação com as formações discursivas na constituição da identidade de ciência no discurso da revista. O corpus da pesquisa se constitui de quatro reportagens de capa da revista Galileu, das edições de abril, maio, junho e julho de 2010. Analisa-se como a atividade da ciência numa concepção moderna ou pós-moderna colabora para a construção das identidades de ciência na Galileu e constitui a tensão entre mesmidade e ipseidade, entre memória e promessa.
Identidade; Formações discursivas; Revista Galileu