OBJETIVOS: descrever o uso de suplementos vitamínicos e/ou minerais em crianças, do nascimento até o sexto mês de vida, bem como avaliar a associação entre o uso dos suplementos e características socioeconômicas, biológicas, padrões alimentares e de assistência à saúde. MÉTODOS: o estudo compreendeu uma sub-amostra de 399 crianças que pertenciam a um estudo coorte, realizado no interior de Pernambuco. RESULTADOS: a proporção de crianças que recebeu vitaminas e/ou minerais foi de 18,8%. O uso desses suplementos aumentava com a idade da criança, OR=4,38 com 17 semanas e OR=9,82 com 26 semanas de vida, quando comparadas com as crianças na idade de quatro semanas. O maior uso de suplementos foi observado naquelas crianças de melhor renda e entre aquelas que não compartilhavam o domicílio com outras menores de cinco anos. As mães com idade igual ou superior a 25 anos recorreram mais à suplementação para seus filhos do que aquelas mais jovens. A duração mediana do aleitamento materno esteve associada à suplementação de vitaminas e/ou minerais, sendo menor entre as crianças que utilizaram esses medicamentos. CONCLUSÕES: verificou-se a utilização do recurso medicamentoso como via de ingestão de vitaminas e/ou minerais em lactentes cujas necessidades nutricionais poderiam ser atendidas através do aleitamento materno exclusivo.
Suplementos dietéticos; Saúde infantil (Saúde Pública); Vitaminas; Minerais na dieta