OBJETIVOS: avaliar a prevalência do aleitamento materno em crianças assistidas em Araçatuba, São Paulo, Brasil; verificar a associação com variáveis materno-infantis e o conhecimento das mães sobre a relação da amamentação com saúde bucal. MÉTODOS: estudo transversal. Os dados foram coletados durante a Campanha Nacional de Vacinação, em 2005. Foram entrevistadas 100 mães de crianças com até 12 meses de idade. A freqüência do aleitamento foi estimada por meio da análise de sobrevivência, e foram realizadas análises estatísticas para verificação da associação entre aleitamento e variáveis independentes. RESULTADOS: a prevalência do aleitamento aos 6 e 12 meses foi de 22,2% (exclusivo) e 65% (total). A duração mediana da amamentação exclusiva foi de 3,65 meses. As variáveis associadas ao desmame foram uso de mamadeira (χ2=9,537; p=0,002) e chupeta (χ2= 14,667; p=0,001). Poucas mães (33) demonstraram saber a influência do aleitamento sobre a saúde bucal de seus filhos, sendo o cirurgião-dentista o profissional mais citado como responsável por essa informação. CONCLUSÕES: a prevalência da amamentação foi satisfatória, porém foram baixas as taxas de aleitamento exclusivo, e como fatores determinantes destacaram-se o uso de mamadeiras e chupetas associado ao desmame. É dever de órgãos governamentais, meios de comunicação e profissionais de saúde compactuarem ações efetivas em prol do aleitamento.
Aleitamento materno; Saúde bucal; Bem-estar da criança; Fatores de risco