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Parto acidental não-hospitalar como indicador de risco para a mortalidade infantil

Accidental non-hospital birth as an indicator of risk of infant mortality

Objetivos:

analisar diferenças na mortalidade infantil, segundo local do parto, no Estado de São Paulo (2009).

Métodos:

coorte de 252.201 nascidos vivos (NV) por parto vaginal, vinculados a 3289 óbitos infantis, por técnica determinística, divididos em: nascidos em hospitais (250.850) e em domicílio/outro local (1351). Foram calculadas probabilidades de morte e os riscos relativos (RR) e para avaliar o efeito de covariáveis sobre o óbito, utilizou-se modelo de regressão logística multinomial.

Resultados:

0,5% NV ocorreram em domicílio/outro local e apresentaram maior probabilidade de morte (45,2 por mil NV) do que os nascidos em hospitais (12,9). A mortalidade foi maior para os nascimentos fora do hospital em todos os componentes da mortalidade infantil: neonatal precoce (RR=3,9), neonatal tardio (RR=2,6) e pós-neonatal (RR=3,4). A probabilidade de morte diminuiu conforme aumentou o peso ao nascer, porém o risco de morte dos NV ≥2500 g em domicílio/outro local foi duas vezes maior que nos partos hospitalares. Após ajuste, nascer fora do hospital permaneceu como risco apenas para a mortalidade pós-neonatal.

Conclusões:

embora reduzidos, os partos fora do hospital apresentam maior risco de morte, inclusive no período pós-neonatal, sugerindo que há barreiras de acesso não só durante o pré-natal e parto, mas que estas persistem na atenção à criança no primeiro ano de vida.

Mortalidade infantil; Parto domiciliar; Sistemas de informação em saúde


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