Objetivos:
determinar o número de replicações de inquéritos dietéticos necessários para estimar a ingestão usual de nutrientes e em categorias de consumo de gestantes no Brasil.
Métodos:
estudo prospectivo conduzido entre 82 gestantes, no qual as informações sobre energia e 18 nutrientes foram obtidas em três inquéritos recordatórios de 24 horas, sendo um em cada trimestre gestacional. Empregaram-se diferentes fórmulas para o cálculo do número de replicações do método necessárias para classificar as gestantes em categorias de ingestão, que considera a razão das variâncias intrapessoal/interpessoal, e para a estimativa da ingestão usual, baseado na variância intrapessoal.
Resultados:
para classificar as gestantes em categorias são necessárias entre 11 e 51 replicações do método, considerando-se coeficiente de correlação de 0,9. Admitindo coeficiente de correlação de 0,7, o número de replicações do método variou entre quatro e 19. Para a estimativa da ingestão usual são necessárias entre duas e 33 replicações, admitindo-se um erro de 10%. Considerando-se um erro de 20%, são necessárias entre uma e sete replicações de inquéritos dietéticos.
Conclusões:
é necessário um elevado número de replicações de inquéritos dietéticos na estimativa da ingestão de nutrientes na gestação e o emprego de um número reduzido de replicações poderá atenuar as associações entre a dieta e desfechos de saúde maternos e fetais.
Dieta; Nutrientes; Inquéritos sobre dietas; Gestantes