Resumo
Objetivos:
relacionar o estado nutricional pré-gestacional, a idade materna e o número de gestações com a distribuição de macronutrientes e micronutrientes conforme o tipo de processamento dos alimentos consumidos por gestantes de alto risco.
Métodos:
estudo retrospectivo transversal, realizado a partir de dados de prontuários de 200 gestantes atendidas em um ambulatório público do Rio Grande do Sul, no período de 2014 a 2016.
Resultados:
a média de consumo em percentuais de lipídios, ácidos graxos monoinsaturados, poli-insaturados e sódio foi maior entre os alimentos ultraprocessados. Observou-se correlação significativamente inversa entre a idade materna e o consumo de calorias totais (p=0,003), percentuais de carboidratos (p=0,005) e proteínas (p=0,037) provenientes de alimentos ultraprocessados. Verificou-se também associação significativa entre o estado nutricional pré-gestacional e o consumo de calorias totais (p=0,018) e percentual de carboidrato (p=0,048) provenientes de alimentos ultraprocessados.
Conclusões:
a média de consumo em percentuais de lipídios, ácidos graxos monoinsaturados, poli-insaturados e sódio foi maior entre os alimentos ultraprocessados, verificou-se que quanto maior a idade materna da gestante de alto risco, menor é o consumo de calorias totais, percentuais de carboidratos e proteínas, oriundos dos alimentos ultraprocessados e identificou-se também que o estado nutricional pré-gestacional possui associação significativa com o consumo de calorias totais e percentual de carboidrato provenientes de alimentos ultraprocessados.
Palavras-chave
Gravidez de alto risco; Saúde materna; Comportamento alimentar