Resumo
Objetivos:
analisar a evolução temporal das internações por condições sensíveis à atenção primária entre crianças menores de cinco anos na região Nordeste brasileira.
Métodos:
estudo descritivo ecológico, com dados sobre as internações retirados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. As taxas de internações por condições sensíveis à atenção primária, entre 2004 e 2013, foram calculadas em duas faixas etárias: crianças menores de um ano e entre um e cinco anos.
Resultados:
houve uma redução da taxa de internações no Nordeste, apesar da existência de flutuações no período analisado. Bahia e Sergipe apresentaram, respectivamente, as maiores e menores taxas de internações (465,14 e 220,19 por 10 mil habitantes). Evidenciou-se que as crianças menores de um ano são mais acometidas por doenças sensíveis à atenção primária, apresentando uma taxa total de 709,08 por 10 mil habitantes. As principais causas de hospitalizações relacionaram-se ao grupo das gastroenterites infecciosas e suas complicações, com uma taxa de 218,76 por 10 mil habitantes.
Conclusões:
apesar da diminuição das hospitalizações por condições sensíveis à atenção primária, o Nordeste ainda apresenta taxas elevadas, comparado a outros estados, evidenciando-se, portanto, a necessidade de qualificar os serviços ofertados, mediante a capacitação dos profissionais e a inclusão de ações de saúde voltadas às reais necessidades da comunidade.
Palavras-chave
Atenção primária à saúde; Hospitalização; Morbidade; Saúde da criança