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Determinantes do óbito em prematuros de Unidades de Terapia Intensiva Neonatais no interior do Nordeste

Resumo

Objetivos:

avaliar o efeito das características, condições de saúde e atenção neonatal sobre os óbitos dos prematuros de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatais.

Métodos:

estudo de coorte não concorrente, incluindo prematuros de três UTI neonatais, entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016, acompanhados durante o período neonatal e os óbitos registrados para toda a internação. Análise multivariada foi realizada através da regressão de Poisson.

Resultados:

dos 181 prematuros, 18,8% evoluíram para óbito durante o internamento. Associaram-se ao desfecho: a idade gestacional entre 28 a 32 semanas (RR= 5,66; IC95%= 2,08-15,40) e menor que 28 semanas (RR= 9,24; IC95%= 3,27 -26,12), escore de Apgar 5º minuto menor que 7 (RR= 1,82; IC95%= 1,08-3,08), uso de ventilação mecânica invasiva até 3 dias (RR= 4,44; IC95%= 1,66-11,87) e 4 dias e mais (RR= 6,87; IC95%= 2,58-18,27).

Além da sepse tardia (RR= 3,72; IC95%= 1,77-7,83), síndrome do desconforto respiratório agudo (RR=2,86; IC95%= 1,49-5,46), hemorragia pulmonar (RR= 1,97; IC95%= 1,40-2,77) e enterocolite necrosante (RR= 3,41; IC95%= 1,70-6,83).

Conclusões:

os resultados sugerem a importância da utilização de estratégias para a melhoria da assistência durante o parto, condução dos prematuros extremos, desmame precoce da ventilação mecânica e prevenção de infecção nosocomial.

Palavras-chave:
Recém-nascido prematuro; Óbito; UTI neonatal; Estudos longitudinais

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