A mosca-branca é um dos insetos mais prejudiciais à cultura do feijoeiro, devido principalmente à intensa sucção de seiva e à transmissão do vírus do mosaico dourado. O uso de cultivares resistentes ao inseto é uma ferramenta importante no seu controle. Ensaios foram conduzidos em laboratório, avaliando-se aspectos biológicos de Bemisia tabaci biótipo B para os seguintes genótipos de feijoeiro: Arc 3s, Arc 5s, G13028, G11056, Arc 1 e Porrillo 70. As plantas (estágio IV-1) foram infestadas por moscas-brancas durante um dia e os ovos e ninfas foram observados até a emergência dos adultos. A longevidade e a fecundidade dos insetos emergidos também foram avaliadas. Ninfas alimentadas no genótipo Arc 3s (26,5 dias) tiveram o período de desenvolvimento mais longo, seguidas de G11056 (25,9 dias) e G13028 (25,3 dias). Houve um alongamento de 5,5 dias no período de desenvolvimento dos insetos em Arc 3s quando comparado com Porrillo 70. Altas taxas de mortalidade das ninfas nos genótipos Arc 3s e G11056 (94,7 e 83,1%, respectivamente) indicam que tais materiais podem apresentar resistência do tipo não-preferência para alimentação e/ou antibiose. Assim, embora a longevidade e a fecundidade do inseto não tenham sido afetadas quando criado nos genótipos resistentes (Arc 3s, G11056, G13028 e Arc 5s), sugere-se que tais materiais sejam utilizados em programas de melhoramento de feijoeiro visando à resistência a B. tabaci biótipo B.
Insecta; Phaseolus vulgaris; mosca-branca; biologia; resistência