Resumo:
O individualismo que caracteriza a sociedade francesa contemporânea produz certas tensões e uma delas surge na construção dos pertencimentos familiares e da história pessoal. Esta tensão é objeto de reflexão neste artigo, a partir de uma pesquisa que na perspectiva de uma sociologia compreensiva aborda a questão da mobilidade residencial de habitantes do interior da França que se deslocaram para Paris e arredores. A noção de raízes e de “terra de origem” é o foco da discussão cujo objetivo é perceber como, no contexto da migração, os indivíduos conservam – ou não – vínculos com os locais nos quais viveram e o que eles revelam sobre suas definições de família e de si próprio. O individuo tende a buscar um equilíbrio entre apego e desapego, o que não significa que procura uma familia sem consistência ou que está em busca de uma ruptura dos laços familiares.
Palavras-chave:
família; individualismo; identidade; migração; origens