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Lealdades, silêncios e conflitos: Ser um dos “grandes” num abrigo para famílias

Loyalties, silence and conflicts: Being one of the “grown ups” in a family care institution

Resumo:

Neste artigo entende-se a criança como um ator social produtor de cultura e atuante nas relações sociais das quais participa. Considerando que a emergência desta noção na antropologia coincide, historicamente, com o processo de reconhecimento da criança como um sujeito pleno de direitos, a análise insere-se num projeto amplo que visa interrogar seus posicionamentos quando diferentes figuras de autoridade ­− juízes, educadores, técnicos etc. − atuam visando assegurar a proteção de seus direitos frente a suas famílias de origem. A partir de dados etnográficos coletados ao longo de dois anos numa instituição do sistema francês de proteção à infância, destinada a famílias ditas monoparentais em dificuldade, analisa-se práticas cotidianas de crianças de sete a dez anos num contexto relacional complexo em que seus pais estão sob suspeita quanto à capacidade ou possibilidade de educá-las.

Palavras-chave:
antropologia da criança; proteção à infância; família; crianças

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