Resumo:
Apesar de jovem (inaugurada em 1897) Belo Horizonte passou por um relativo processo de esvaziamento de seu centro histórico com a demolição de alguns edifícios, o deslocamento das moradias de classe média para outras regiões, a diminuição de áreas de espaço público de convivência e da presença da elite nessa região. Como em diversas cidades, esse processo mobilizou agentes públicos e iniciativa privada na elaboração de projetos de requalificação urbana voltados para sua área central. A proposta deste trabalho é refletir sobre a forma como esses projetos vêm sendo implementados pelo poder público e a região requalificada vem sendo apropriada pelos diferentes atores. Nossa hipótese é de que os processos de requalificação urbana em Belo Horizonte não devem ser pensados como intervenções voltadas apenas para o mercado, o entretenimento e o consumo cultural, numa palavra, a gentrificação.
Palavras-Chave:
Belo Horizonte; região central; gentrificação; espaço público