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A pesca demersal de profundidade e os bancos de corais azooxantelados do sul do Brasil

A pesca demersal voltada as espécies de peixes (i.e. Lophius gastrophisus, Urophisys brasiliensis, Genipterus brasiliensis) e crustáceos (Chaceon ramosae e Chaceon sp.), com grande valor comercial no talude continental superior do sul do Brasil aumentou significativamente nas últimas décadas. A compilação de todos os dados até então publicados acerca dos pontos de ocorrência dos corais escleractíneos azooxantelados em águas sul-brasileiras entre 24° e 35° S, sobrepostos com as principais áreas de atuação das quatro modalidades de pesca demersais (arrasto de profundidade, emalhe e espinhel de fundo e covos), demonstrou que as frotas em questão vêm utilizando as áreas com ocorrência de corais, como principais áreas de esforço, indicando que os recifes de profundidade possuem elevada importância ecológica perante os ecossistemas da plataforma e talude continental, sendo importantes reservatórios da biodiversidade marinha profunda. Entretanto, desde as fases iniciais desta exploração evidenciou-se através de relatos de observadores de bordo, a captura, como "bycatch", de grandes quantidades de corais de profundidade. Desta maneira, visando não só apenas a proteção dos ecossistemas coralíneos de profundidade, mas também a sustentabilidade econômica da pesca, é recomendada a criação de áreas de exclusão da pesca demersal em locais com ocorrência de Scleractinia azooxantelados.

Brasil; pesca demersal; corais de profundidade; Scleractinia; talude continental; arrasto de profundidade


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