INTRODUÇÃO: A epilepsia é um problema de saúde pública. Afeta mais de cinqüenta milhões de pessoas em todo mundo e mais de vinte milhões deles continuam apresentando crises que não controlam satisfatoriamente com o uso de medicamentos. As epilepsias refratárias correspondem a cerca de 20% dos pacientes epilépticos e boa parte desses apresentam crises parciais complexas passíveis de tratamento cirúrgico. A indicação cirúrgica criteriosa tem se mostrado eficiente para o controle das crises. OBJETIVO: Apresentar dados epidemiológicos e cirúrgicos dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico no NATE. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo com análise de prontuários e classificação do controle de crises de 46 pacientes considerando a Escala de Engel. RESULTADOS: Predomina o sexo masculino, solteiros, sem história familiar para epilepsia. Pacientes procedentes do Estado de Minas Gerais e outros estados da união. Início das crises na infância para 58,8% dos pacientes sendo o tipo de crise mais freqüente a crise parcial complexa. O déficit de memória foi a queixa cognitiva mais comum. CONCLUSÃO: O controle de crise foi compatível com Engel Ia (sem crise) para 67% dos pacientes. O tratamento cirúrgico revelou-se eficiente para o controle das crises dos pacientes portadores de epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso.
epilepsia refratária; tratamento cirúrgico; controle de crises