O objetivo deste artigo consiste em analisar os efeitos da mobilização da subjetividade sobre as possibilidades de formação profissional e sindical assinaladas pela autonomia. Apoiando-se numa pesquisa realizada nos setores automotivo e têxtil mineiros, buscou-se apreender as representações dos diferentes segmentos sociais - gestores, trabalhadores e dirigentes sindicais - sobre o processo de modernização sistêmica das empresas desde o final dos anos 1980 e suas implicações nas relações de trabalho. Os resultados indicam que um efeito considerável das estratégias de mobilização da subjetividade nas organizações tem sido a homogeneização do espaço social, dificultando a "construção" de sujeitos autônomos e de projetos independentes, e negando o discurso organizacional de democratização das empresas.
Mobilização da subjetividade; formação profissional; formação sindical; representações sociais