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Derivação arterial extra-anatômica no segmento aorto-ilíaco: experiência de 15 anos

RESUMO CONTEXTO: As derivações extra-anatômicas, sendo procedimentos cirúrgicos alternativos à cirurgia clássica, têm como principal objetivo simplificar um procedimento de grande porte como a restauração aorto-femoral. OBJETIVOS: Analisar os resultados a longo prazo das derivações extra-anatômicas no segmento aorto-ilíaco. MÉTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo envolvendo 79 derivações extra-anatômicas no segmento aorto-ilíaco, realizadas em 75 pacientes, no período de dezembro de 1991 a dezembro de 2006. RESULTADOS: Média de idade foi 64,2 anos, com predominância pelo gênero masculino (64%). A isquemia crítica foi a responsável pela maioria das indicações cirúrgicas (86,1%) e a derivação ilíaco-femoral cruzada representou 41,8% dos casos. Em cinco anos, as taxas de mortalidade geral, perviedade e salvamento do membro foram, respectivamente, de 28%; 70,3% e 67,6% em cinco anos. CONCLUSÕES: As derivações extra-anatômicas devem permanecer como cirurgias alternativas, pois apresentam taxas de perviedade inferiores aos procedimentos que seguem as vias anatômicas naturais além de morbimortalidade considerável. Entretanto, são procedimentos importantes nos casos em que a limitação de ordem clínica ou de natureza local torna difícil ou impede a revascularização por via anatômica. As derivações cruzadas apresentaram perviedade superior às derivações axilo-femorais e as ilíaco-femorais cruzadas revelaram a maior perviedade entre todas (77,3% em cinco anos).

Cirurgia; aorta abdominal; prótese vascular; amputação; mortalidade


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