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Veia safena parva: para onde se dirige o refluxo?

CONTEXTO:

A veia safena parva (VSP) apresenta grande variabilidade anatômica graças à sua complexa origem embriológica. Na VSP insuficiente, o refluxo que se dirige para a perfurante de reentrada nem sempre obedece ao mesmo trajeto anatômico.

OBJETIVO:

Estudar a variabilidade da direção do refluxo da VSP e sua reentrada.

MÉTODOS:

Neste estudo prospectivo e observacional, 60 membros inferiores com insuficiência de VSP em 43 pacientes foram avaliados por protocolo de eco-color Doppler.

RESULTADOS:

As variações de reentrada foram agrupadas em quatro tipos, com seus respectivos subtipos. A porcentagem dos achados foi: Tipo A, perfurantes de face medial = 25/60 casos (41,66%), subtipos Cockett, Sherman, paratibiais e do vértice; Tipo B, maléolo externo e perfurantes da face lateral (externa) (fibulares 17-26 cm) = 15/60 casos (25%), subtipos fibulares e maléolo; Tipo C, em dois ramos = 19/60 casos (31,66%), subtipos gastrocnêmias e Cockett, gastrocnêmias e maléolo e/ou fibulares, Cockett e maléolo, Cockett-vértice e fibular; Tipo D, terminação no sistema superficial = 1/60 casos (1,66%).

CONCLUSÃO:

Na maior parte desta casuística, o refluxo não obedeceu ao percurso anatômico clássico. Demonstrou-se a variabilidade do trajeto do refluxo ou sua reentrada, e não a variabilidade anatômica da veia safena parva. Pode-se interpretar que o refluxo buscaria, como reentrada, a conexão anatômica mais acessível, ou então se originaria no setor distal, alcançando depois a veia safena parva.

insuficiência venosa; refluxo; veia safena parva


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