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Padrões sociointelectuais da pesquisa em nanoescala: laureados com o Prêmio Feynman de Nanotecnologia, 1993-2007

Este artigo explora as atividades da pesquisa em nanoescala, com referência à epistemologia, à mudança de orientação em questões de pesquisa, divisões de trabalho, contato com a indústria e se a nanopesquisa constitui ou não um novo paradigma científico. Os dados foram coletados de uma amostra dos laureados com o Prêmio Feynman de Nanotecnologia, iniciado em 1993 para incentivar avanços na teoria e na experimentação. Será dada particular atenção ao lugar das disciplinas e da interdisciplinaridade e à emergência de novas formas nas relações de trabalho. Embora a química constitua a disciplina de origem de muitos ganhadores, durante os últimos oito anos muitos cientistas entrevistados em nosso projeto estavam empregando materiais biológicos em seu trabalho, independentemente de seus nichos disciplinares. A epitaxia, a arquitetura e a estrutura nanos e os efeitos do nanoconfinamento dos fenômenos emergem como pontos centrais. A epistemologia da teoria e da experimentação baseadas em simulação tornase crescentemente importante. Similarmente, as imagens emergem como centrais para a epistemologia da nanoescala. A indústria mostra-se muito menos relevante para as atividades desse grupo de cientistas do que inicialmente antecipávamos. Uma pequena minoria de praticantes acredita que a pesquisa em nanoescala representa um novo paradigma, embora argumentos a favor dessa interpretação frequentemente introduzam questões cognitivas e epistemológicas importantes.

Pesquisa em nanoescala; Paradigma; Interdisciplinaridade; Divisão do trabalho; Epistemologia; Simulação; Imagem; Química; Biologia; Epitaxia


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