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Inconsciente, cérebro e consciência: reflexão sobre os fundamentos da metapsicologia freudiana

No final do século XIX, quando Freud começou a perceber que a identificação entre o mental e a consciência era insuficiente para dar conta de uma série de fenômenos psíquicos, a psicologia era ainda, sobretudo, o projeto de uma ciência da consciência. As propostas de psicologia científica que surgem nesse período, como as de Brentano, Wundt e James, sustentavam a identidade entre o mental e a consciência e consideravam a existência de processos mentais inconscientes uma impossibilidade factual e teórica. Em primeiro lugar, este artigo se propõe a discutir a estratégia freudiana para introduzir a hipótese de um psíquico inconsciente em sua teoria metapsicológica. A seguir, analisa a justificativa dessa hipótese, tomando como base a reconstrução sistemática da argumentação freudiana proposta por Jerome Wakefield (1992). Por fim, comenta brevemente a relação entre os processos psíquicos conscientes e inconscientes, tal como ela se apresenta na metapsicologia freudiana, enfatizando como se constitui em uma de suas grandes dificuldades teóricas.

Freud; Metapsicologia; Inconsciente; Consciência; Processos cerebrais


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