Este artigo pretende mostrar que o termo "incomensurabilidade" utilizado por Kuhn fornece, juntamente com o conceito de "comparabilidade", as condições para uma escolha objetiva entre teorias. Procura-se defender que a filosofia de Kuhn não é uma filosofia relativista. Discutem-se as noções de incomensurabilidade em sentido amplo e de incomensurabilidade local. Apresenta-se um evento da história da astronomia ligado ao copernicanismo para ilustrar que a adequação empírica permite a comparação entre teorias localmente incomensuráveis.
Kuhn; Incomensurabilidade; Comparabilidade; Dinâmica de teorias; Objetividade; Copernicanismo