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Pigment pur e o Corpo da côr: prática pós-pictórica e transmodernidade.

Pigment pur and the Corpo da côr: post-painterly practice and transmodernity.

Resumo

Este artigo analisa uma incidência quase contemporânea da prática pós-pintura - o uso de pigmento bruto -, utilizada pelo artista neo-avant-garde francês Yves Klen e pelo artista brasileiro Hélio Oiticica. O uso de pigmento bruto por ambos artistas foi condicionado por uma relação autoconsciente com a história da arte modernista e do monocromo, como limite e origem da pintura. Apesar da confluência de tais orientações, os Pigments purs (pigmentos puros) de Klein e o Corpo da côr de Oiticica resultaram em orientações radicalmente divergentes, direcionadas à commodity produzida industrialmente e, portanto, ao readymade. Ao explorar as inconsistências características da commodity no Brasil desenvolvimentista, Oiticica orquestrou uma transferência do fazer do artista para o espectador, dando início a uma nova dimensão participativa no âmbito das cores modernistas.

palavras-chave:
Hélio Oiticica; modernismo; monocromo; readymade

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