Embora frequentemente se entenda arte-ativismo como performances artísticas feitas por coletivos, experiências estéticas individuais, solitárias e silenciosas podem representar gestos de força criativa e contestatória. Ao tomar a arte-ativismo como objeto de estudo, o ensaio discute a potência dialógica de obras que, ocupando o espaço público, alteram as relações do entorno. Explora-se, assim, a dinâmica interativa por meio dos próprios objetos e eventos estéticos que, a partir de seus procedimentos, mostram-se capazes de iconizar tanto o gesto criador do artista quanto seu discurso e ideais mais amplos. Com isso, cria-se uma relação entre arte e política que estimula a exploração plástica do sensório, como se procurou examinar no ensaio.
arte-ativismo; espaço público; interação dialógica; iconicidade; design político