Este estudo testa e compara duas versões da relação de equilíbrio geral para a predição dos retornos esperados: o CAPM na versão estática e o CAPM na versão condicional, que considera não estacionárias as estimativas dos coeficientes ao longo de um determinado período. A primeira preocupação foi quanto ao poder explicativo de cada modelo e em relação aos efeitos das variáveis econômicas, e a segunda foi examinar a ocorrência de mudanças estruturais e quais os períodos impactaram no comportamento dos coeficientes. A análise foi feita em dados diários de índices representativos de papéis negociados na Bovespa no período compreendido entre 1º de dezembro de 2005 e 31 de outubro de 2008 (721 observações). Para ter um número mínimo de observações e estimar, de forma consistente, os parâmetros dos modelos de regressão e para que a correção de Newey-West pudesse corrigir o problema de ineficiência dos coeficientes quando fossem violados os pressupostos clássicos de ausências de autocorrelação e heterocedasticidade dos resíduos, em alguns casos, teve-se de considerar as quebras que fossem estatisticamente mais significativas por meio do controle do período de monitoramento. Assim, após a aplicação dos testes para verificação das hipóteses clássicas de MQO, constatou-se que o modelo escolhido seria o CAPM condicional, por apresentar menores critérios de informações de Akaike (AIC) e Schwarz (BIC), sem a presença de quebra estrutural. Quando se considerou a presença de quebra estrutural na série temporal, observaram-se mudanças nos riscos sistêmicos e totais ao longo do período observado. Diante desses resultados, recomenda-se investigar os possíveis eventos que provocaram ruptura nas séries, observando os fatores que contribuíram para tal interferência.
CAPM; CAPM condicional; Índices acionários; Quebra estrutural; Risco