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Divisão do trabalho social e arranjos produtivos locais: reflexos econômicos de efeitos morais de redes interorganizacionais

División de trabajo social y arreglos productivos locales: reflexos economicos de los efectos morales de las redes inter-organizacionales

Division of social work and local productive arrangements: economic reflections of the moral effects of interorganizational networks

Este artigo utiliza um recorte teórico que evidencia fatos sociais, especificamente da divisão do trabalho social, que atuam diretamente na eficiência de organizações, por meio da coesão e da solidariedade. Entretanto, essa leitura da realidade socioeconômica não vem sendo utilizada em sua plenitude para a compreensão da imersão social de redes interorganizacionais territorializadas, ou seja, de arranjos produtivos locais. Pode-se perceber que uma das principais características competitivas, denominadas atuais dentro do discurso empresarial e até mesmo de políticas de desenvolvimento econômico, é a necessidade de as empresas atuarem de forma conjunta e associada em determinados territórios, sejam estes distritos industriais, regiões, municípios ou cidades. Portanto, a aglomeração é uma possibilidade concreta para o desenvolvimento empresarial a partir de estruturas organizacionais baseadas na associação, complementariedade, compartilhamento, troca e ajuda mútua, que têm como referência as redes, que também compõem a estrutura social de mercados e reforçam a discussão sociológica de que a competição também gera a solidariedade. As ações econômicas individuais não estão livres de pressões estruturais e suscetíveis de ser interpretadas dentro da lógica puramente aditiva e mecânica da agregação. As pressões estruturais que pesam sobre a ação econômica não se reduzem às necessidades inscritas, em dado momento do tempo, nas disponibilidades econômicas imediatas ou na instabilidade das interações. Os interesses econômicos de mercado estão, para a nova sociologia, econômica imersos em redes pessoais e de grupos sociais. O mercado, portanto, não se constitui de organizações isoladas, como nos modelos de concorrência perfeita da ciência econômica, mas de aglomerados organizacionais que formam uma estrutura social.

Arranjos produtivos locais; Produção territorial; Divisão do trabalho social; Relações sociais; Estrutura social


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