RESUMO
Objetivo:
Testar modelos de mediação e moderação da cultura organizacional, valores concorrentes e estilos de funcionamento organizacional, tendo como antecedente a qualidade de vida organizacional (QVO) e como consequente o bem-estar pessoal nas organizações (BEO).
Originalidade/valor:
A literatura tem apresentado testes de modelos de mediação/moderação para compreender o bem-estar dos empregados e subsidiar a gestão para a implantação de estratégias adequadas às realidades organizacionais. A cultura organizacional tem sido variável componente de alguns desses modelos, mas não foram identificadas na literatura publicações que investiguem a cultura como mediadora/moderadora da relação qualidade de vida/bem-estar.
Design/metodologia/abordagem:
Trata-se de pesquisa quantitativa, trans versal, em que se utilizaram escalas que apresentam evidências de validade psicométrica. Essas escalas foram aplicadas a 1.292 empregados (81%) da população de uma organização pública. Dois modelos de mediação e dois de moderação foram testados por meio de regressão múltipla.
Resultados:
Os resultados das análises de regressão linear e hierárquica utilizadas para testar os modelos propostos revelaram que, com exceção da cultura burocrática, todos os tipos de cultura tiveram poder de mediação significativos entre as variáveis de QVO e BEO. Não foram identificadas relações de moderação. As evidências empíricas dos testes dos modelos indicam que é preciso atentar para as características culturais das organizações na definição de estratégias de intervenção relativas à QVO e ao BEO, visto que algumas podem ser mais aplicáveis a determinadas culturas e menos a outras.
PALAVRAS-CHAVE:
Qualidade de vida organizacional; Bem-estar; Cultura; Mediação; Modelo