Resumo
Na literatura há poucos estudos sobre edifícios climatizados de modo misto (ou com ventilação híbrida) com estratégias simples de projeto. Dessa forma, esta pesquisa avalia o impacto de parâmetros arquitetônicos (formato da sala, tamanho e orientação das aberturas) e de uso (densidade de carga de equipamentos e temperatura de acionamento do ar-condicionado) no desempenho energético de salas de escritório de modo misto na cidade de São Paulo. O método consistiu em um levantamento de dados dessa tipologia de edifício, caracterizando os modelos de estudo, e simulações paramétricas no programa EnergyPlus. Verificou-se que o uso da ventilação híbrida proporcionou reduções de até 52% no consumo energético do ar-condicionado para resfriamento. Ao se adotar essa estratégia, é importante associar a forma da sala à área da janela. Menores consumos energéticos foram observados para as combinações de salas estreitas e profundas com janelas maiores ou de salas menos profundas e mais largas com janelas menores. Contudo, a diminuição da área efetiva para ventilação alterou essas conclusões, tendo sido obtido menor consumo de energia sempre com janelas menores. Este trabalho indica que a combinação adequada dos parâmetros estudados pode gerar projetos com menor consumo energético, o que auxilia na concepção dessa tipologia de edifício.
Palavras-chave:
Consumo de energia; Ventilação híbrida; Modo misto; Edifícios de escritórios; Simulação computacional