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(Sem) saber e (com) poder nos estudos organizacionais

(Without) knowledge and (with) power in organizational studies

Bacon afirma que saber é poder. Tragtenberg contesta. Essa discussão, na contemporaneidade, faz-se mais importante do que se possa imaginar. Por isso, o objetivo central deste artigo é verificar as relações entre saber e poder, na atualidade, levando em consideração o papel da ciência e dos elementos imediatos a ela relacionados. Quanto aos objetivos específicos deste estudo, destacam-se: · compreender o sentido da filosofia e da ciência e suas relações com a ideologia; · verificar como o discurso da neutralidade axiológica da ciência se apresenta como mito da modernidade e como se dá a presença da "fé" na filosofia e na ciência, na contemporaneidade; · refletir sobre a consolidação da ciência como força produtiva e/ou como mercadoria no atual sistema econômico; · destacar a importância do complexo industrial militar como financiador de grande parte dos atuais estudos científicos; · entender o processo de racionalização, avaliando a importância do pragmatismo e da burocracia universitária como afirmação da ciência na atualidade. O texto conclui que tanto é possível a existência de saber como poder (Bacon) como a de não saber, mas com poder (Tragtenberg) para compreendermos a relação entre saber e poder.

estudos organizacionais; poder; saber; ciência; teoria crítica


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