Resumo:
Este artigo analisa os estudos sociológicos de Guerreiro Ramos sobre as relações raciais no Brasil durante seu engajamento no Teatro Experimental do Negro e por ocasião de suas críticas aos estudos da Unesco, sobretudo nos debates com os sociólogos Luiz de Aguiar Costa Pinto e Roger Bastide, quando já se tornara um intelectual vinculado ao Instituto Brasileiro de Estudos Sociais e Políticos (IBESP), futuro ISEB. A produção sociológica de Guerreiro Ramos não apenas apresenta o ambiente intelectual, os padrões de trabalho científico no domínio da sociologia, mas também revela os impactos dessas investigações na prática das ciências sociais no Brasil. As controvérsias denotam o desenvolvimento da institucionalização das Ciências Sociais marcado por disputas quanto aos rumos que este processo deveria tomar em um país em acelerado processo de mudança social.
Palavras-chaves:
Pensamento social no Brasil; Racismo; Alberto Guerreiro Ramos; Teatro Experimental do Negro; História das Ciências Sociais no Brasil