RESUMO
Objetivo:
Descrever quadro clínico, resultados dos exames e evolução clínica de pacientes com paralisia cerebral associada ao diagnóstico de esofagite eosinofílica, monitorados em um centro terciário.
Métodos:
Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, que avaliou os prontuários médicos de pacientes pediátricos com diagnóstico de paralisia cerebral e esofagite eosinofílica, atendidos em um centro terciário de gastrenterologia pediátrica, entre agosto de 2005 e agosto de 2013.
Resultados:
Dos 131 pacientes com paralisia cerebral, 7 tiveram o diagnóstico de esofagite eosinofílica no período estudado. A idade média no momento do diagnóstico de esofagite eosinofílica foi 52,3 meses, e o número médio de eosinófilos no esôfago foi de 35 por campo de grande aumento. Os sintomas mais frequentes associados foram vômitos recorrentes e disfagia. As alterações endoscópicas encontradas foram espessamento da mucosa, linhas verticais, opacificação da mucosa e as placas esbranquiçadas.
Conclusão:
A frequência de esofagite eosinofílica encontrada foi maior que na população pediátrica em geral. A investigação de esofagite eosinofílica deve ser realizada regularmente nos pacientes com paralisia cerebral, pois pode haver uma sobreposição de sintomas de outras doenças gastrintestinais.
Descritores:
Paralisia cerebral/complicações; Esofagite eosinofílica/etiologia; Gastropatias; Refluxo gastroesofágico; Crianças