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Lesões orais potencialmente malignas: correlações clínico-patológicas

RESUMO

Objetivo

Verificar a incidência das lesões orais potencialmente malignas, e avaliar e correlacionar seus aspectos clínico-patológicos.

Métodos

A amostra foi composta pelos casos diagnosticados clinicamente como leucoplasia oral, eritroplasia oral, eritroleucoplasia, queilite actínica e líquen plano oral em um serviço de diagnóstico no período entre maio de 2012 e julho de 2013. Foram realizados testes estatísticos adotando-se nível de significância de 5% (p≤0,05).

Resultados

Dos 340 pacientes examinados, 106 (31,2%) se apresentaram com lesões orais potencialmente malignas; destes, 61 (17,9%) biópsias foram realizadas. A lesão mais frequente foi a queilite actínica (37,5%), e o sítio anatômico mais acometido foi o lábio inferior (49,6%). Entre os 106 pacientes da amostra, 48 (45,3%) relataram consumo de nicotina, 35 (33%) ingeriam bebidas alcoólicas e 34 (32,1%) trabalhavam expostos ao sol. Comparando o diagnóstico clínico com o histopatológico, as lesões que apresentaram maior compatibilidade foram a eritroplasia oral e a lesão ulcerada atípica (100% ambas).

Conclusão

Na maioria dos casos, houve compatibilidade do diagnóstico clínico com o histopatológico. Notou-se correlação entre a ocorrência de eritroplasia, leucoplasia e eritroleucoplasia com o hábito de fumar, e entre a queilite actínica com a exposição solar. A eritroleucoplasia foi a lesão que demonstrou maior grau de malignização neste estudo. Diante do exposto, recomenda-se maior atenção por parte dos cirurgiões-dentistas ao diagnóstico das lesões orais potencialmente malignas, para aplicação da melhor conduta e controle da lesão, impedindo sua transformação maligna.

Leucoplasia/diagnóstico; Eritroplasia; Queilite; Líquen plano bucal

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